Em dez anos, o economista percorreu 93 mil quilômetros e visitou 25 capitais para doar 11,25 litros de seu sangue e entrar para o livro dos recordes

Dantas deixou nada menos do que 11,25 litros de seu sangue nos lugares que visitou. Ou seja, duas vezes a quantidade de sangue de seu corpo. Agora, ele se prepara para a segunda fase do projeto: quer visitar as capitais de 20 países e entrar para o livro dos recordes como o maior doador do mundo.
“Quero mostrar a importância da doação de sangue”, explica. “Os hemofílicos precisam de pessoas dispostas a dar o sangue por eles”, diz Helena Sacramento, subchefe da Unidade de Hematologia do Hospital de Base de Brasília.
O projeto, intitulado Doar Meu Sangue para o Mundo, foi criado para durar 15 anos e está dividido
em três fases: capitais do Brasil, da América do Sul e do resto do mundo. Na ponta do lápis, o economista vai gastar R$ 95 mil com passagens e hotéis. Outra parte será consumida com a coleta de dados sobre as condições dos hemocentros, que irá virar um livro. “Já estive em lugares onde o sangue é guardado em geladeiras comuns”, diz.
Dantas custeia as viagens com o salário de R$ 7 mil que recebe como assessor do Ministério da Saúde, em Brasília. Até o momento já gastou R$ 16 mil. Numerólogo e adepto do misticismo, ele pratica meditação e diz ter recebido a missão divina, enquanto fazia um exercício mental.
“Fui surpreendido por uma voz que dizia para eu abraçar o mundo com meu sangue”, conta. “Chorei deslavadamente, mas escondi tudo da minha família.” A partir desse dia, ele começou a pesquisar sobre o assunto, juntar informações e elaborar um projeto. “Essas coisas não aconteceram por acaso”, acredita.
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